Fava ( Vicia-faba)
A pátria desta espécie está fixada em dois
pontos distintos: a região do Cáspio e o norte da África. Segundo se supõe a
Fava foi à primeira leguminosa a ser cultivada pelo homem ,asserção que não
repugna admitir, visto que na primeira metade do século XIX ela era raríssima
no estado selvagem nas duas regiões mencionadas onde talvez nem existam mais.
Dizem que uma
cultura muito remota pode ter salvado a Fava, tanto mais que no Egito, onde era considerada “imunda”,
condenada pelos sacerdotes, era certamente exterminada toda vez que surgia espontaneamente entre as culturas, sendo que o
povo não comia as sementes (
superstição que durou pelo menos alguns séculos) só mais tarde, relativamente,os egípcios
se tornaram cultivadores da Fava.
A introdução da
Fava na Europa é muito antiga:os vestígios encontrados nas habitações
lacustres daquele continente demonstram que a cultura ali deveria ter se
iniciado no fim da Idade da pedra.Já os romanos deram-lhe um dos primeiros
lugares como alimento e, como os gregos, associaram-na à região, porquanto entrou
nos sacrifícios à deusa Carna e outras cerimônias. A cultura desenvolveu-se daí
por diante em quase toda Europa.Nas frequentes épocas de escassez ou de fome,
a farinha de fava era misturada à farinha de trigo. No tempo dos descobrimentos
marítimos. Estas sementes, graças a sua inalterabilidade ou resistências às
variações atmosféricas,constituíram um dos grandes recursos dos navegadores, de modo que estes mesmos devem ter sido introdutores
desta planta aqui no Brasil,como
toda a América do Sul, o que era facilitado pela circunstância das ditas
sementes conservarem seu poder germinativo por um período nunca inferior a cinco anos.